
Surge um estranho antiquário que não tem endereço fixo e traz itens cheio de poderes para pessoas aleatórias do universo de Dylan Dog. O que Dylan não imagina é que sua cliente recebeu um destes itens.
Uma feia capa surrealista
Fiquei curioso com esta capa de Dylan Dog – Os Desaparecidos, que apesar de feia, tem um traço surreal que fisga. Fui dar uma olhada na sinopse e acabei sentando para ler.
Publicada pela Mythos Editora, a tradução é de Júlio Schneider. O enredo é de Tiziano Sclavi, criador de Dylan Dog, e os desenhos de Gianluigi Coppola.
Muitos Dylan Dogs
A história apresenta Hamlin, um personagem que pelo visto será recorrente no universo do protagonista. Ele é o estranho dono da ainda mais estranha Safará, um antiquário muito peculiar de itens com algum tipo de poder.
Uma cliente relata casos de desaparecimentos de pessoas com quem tem falado. Tal fato leva o investigador a descobrir a estranha loja e seu dono. Conexões completamente surreais surgem e vão lembrar boas referências oníricas de contos de horror.
Daí para frente o texto brinca com inúmeras dimensões e apresenta o conceito do antiquário que possui itens incomuns. Certamente, é um interessante adendo na mitologia de Dylan Dog.
Considerações finais
Ainda que não seja um argumento brilhante, possui seu valor pela expansão do universo de Dylan Dog. A história é de 1991 e traz muitas piadas de época, como as que comentam sobre Margaret Thatcher. Espero ver como serão as aparições futuras do estranho Hamlin e seu antiquário Safará, em outras histórias de Dylan Dog.
Acabo me lembrando da série de coletâneas Insólita – Museu e Antiquário, da Editora Luva, (leia nossa resenha aqui) que brinca com o mesmo conceito, usando contos nacionais inspirados em um conto clássico que utiliza um objeto como centro da narrativa. Fica a dica para você conhecer esta série excelente por sinal!
Conhecia este quadrinho? Me conta aí…
Dylan Dog já está na minha lista de excelentes leituras. Mesmo esta, que não é brilhante, já diverte e agrega ao universo do personagem. O que você já leu de Dylan Dog?

Por: Daniel Braga
Pai de uma mulher, nerd, analista de sistemas especializado em infraestrutura, poeta, board game designer e sommelier de cervejas. Adora jogar board games e ouvir jazz anos 30/40, Dead Can Dance e rock and roll. Curte muito o gênero de horror e tudo relacionado, principalmente as boas leituras como Lovecraft, Blackwood, Machen e muitos outros.