
Você teria coragem de encarar a si mesmo e descobrir quem você é verdadeiramente?
Um quadrinho obrigatório e necessário
Eu não imaginava que ficaria tão impactado lendo o quadrinho Quem matou o Caixeta? De Rainer Petter e publicado pela AVEC Editora, essa é uma HQ muito importante de ser lida, principalmente pelos dias que vivemos onde um discurso conservadorista tenta se impor.
O impacto na reflexão
Usando uma mídia direta, apresentando quadro a quadro a história, Rainer Petter nos leva pelos fatos que tentam solucionar a estranha morte do vlogger Caixeta. Com um roteiro simples, vários assuntos profundos são citados: racismo, homofobia, machismo, discurso de ódio e relacionamentos tóxicos. Estes são alguns dos temas principais que permeiam a obra. Quantos Caixetas você conhece? Você vai se assustar ao descobrir que conhece muitos!
Impossível não fazer reflexões a cada página, onde vemos os relatos de diversas testemunhas mascaradas, dando ao leitor pistas do universo e da vida da vítima. Apesar do quadrinho trabalhar sua mensagem através de um discurso muito claro, imagino que muitos não perceberam a profundidade proposta. Uma pena pois é espetacular!
Eu cresci em uma época onde se ensinava e pregava muito do que li nessa história. Sou da década de setenta, crescido nos oitenta. Ao final, estava me vendo ali em vários momentos do passado e percebendo como todos podemos mudar nossa forma de agir e pensar. Essa desconstrução é importante para que possamos melhorar como indivíduos. Impactado talvez seja até pouco – uma mensagem importante e que deveria ser difundida muito mais!
Conclusões finais
Sei do poder que os quadrinhos têm de mexer com os leitores. Mas é sempre maravilhoso ler algo que mexe com você a partir de muitas reflexões!
Leiam esse quadrinho e busquem a resposta ao título. Afinal, Quem matou o Caixeta?
Boa leitura!
É assustador essa onda retrógada que assola nosso país e o mundo. Para mim é uma forma atroz de terror! Curtiu? Deixa seu comentário abaixo e vamos conversar.

Por: Daniel Braga
Pai de uma mulher, nerd, analista de sistemas especializado em infraestrutura, poeta, board game designer e sommelier de cervejas. Adora jogar board games e ouvir jazz anos 30/40, Dead Can Dance e rock and roll. Curte muito o gênero de horror e tudo relacionado, principalmente as boas leituras como Lovecraft, Blackwood, Machen e muitos outros.