
Uma história antiga, de valentia e coragem, onde dois amigos precisam provar quem é o melhor!
Nem Tenório Cavalcanti, nem Zé do Caixão
O Homem da Capa Preta é um causo daqueles bom demais da conta. Diferente do que podemos imaginar pel0 título, não tem nada com os lendários Tenório Cavalcanti ou o Zé do Caixão.
Desenhada e roteirizada por Kiko Garcia, temos aqui uma história contada em família e nada melhor do que casos assim. Bom, senta aí e ouve um pouco.
Histórias de família
Sou fã de ouvir histórias assim e quando conversei com Kiko no Fuzuê Nerd 2020 fiquei fascinado. Ele quadrinizou um velho “causo” (em bom interiorês) que seu avô contava aos netos. Só isso já me convenceu a comprar a revista para saber mais da história.
Quem nunca viu um grupo de amigos contando vantagem uns sobre os outros regadas a muita gargalhada. Muitos chamariam de história de pescador mas é brincadeira da melhor qualidade e de uma zoação sem fim.
Pois foi de uma dessas que surgiu uma rivalidade entre dois amigos. Quem seria então o cabra mais arretado e corajoso da cidade?
Nesse clima de desafio que acabamos ouvindo vários bons casos, cada qual mais estranho, e até mesmo sobrenatural, do que o outro. É assim as histórias são contadas até que saibamos que o grande ganhador somos nós, ouvintes e leitores, agraciados com histórias tão brasileiras e regionais que é sempre legal ouvir. Aquele terror bom para se ouvir de noite, em uma varanda de fazenda.
Ah, você quer saber afinal quem é O Homem da Capa Preta? Mas isso quem vai poder te falar é o Kiko Garcia! Eu que não posso me meter a besta de contar o “causo” que não é meu! Essa você vai ter de ler por sua conta e risco, se tiver coragem é claro!
Conclusões finais
Um quadrinho excelente, carregado de com a melhor essência de gente do interior. Pessoas que não são letradas mas possuem doutorado em vivência. Um horror clássico bom de ler!
O roteiro ficou muito bom com um traço incrível de Kiko que devemos apreciar. Para quem curte, o volume possui lombada quadrada, sendo um exemplar que chama atenção por sua capa em preto, branco e azul.
Escutem seus velhos e suas histórias antigas e sinistras. Elas são um presente que muitos de nós não percebem que têm até não poderem mais ser contadas.
Boa leitura!
Eita trem bom sô! Curtiu esse quadrinho independente? Material nacional da melhor qualidade! Deixa seus comentários abaixo!

Por: Daniel Braga
Pai de uma mulher, nerd, analista de sistemas especializado em infraestrutura, poeta, board game designer e sommelier de cervejas. Adora jogar board games e ouvir jazz anos 30/40, Dead Can Dance e rock and roll. Curte muito o gênero de horror e tudo relacionado, principalmente as boas leituras como Lovecraft, Blackwood, Machen e muitos outros.